Dia 14: O melhor para ti é o melhor para os outros?
Não raras vezes, na nossa vida, queremos impor ao outro alguma mudança, segundo a nossa própria perceção.
Desrespeitamos desta forma, o processo evolutivo do outro.
Aquilo que é o melhor para mim, nem sempre é o melhor para o outro. Nós temos as nossas próprias vontades, aquilo que nos move, a nossa identidade que nos leva a ver a vida de determinada maneira. O que me faz feliz a mim, ou o que busco nesta existência não é o mesmo que o outro, porque eu tenho um propósito e um nível de evolução e o outro tem outro. Devemos dar liberdade e espaço ao outro, para que ele também encontre o que é melhor para si.
A nossa intenção pode ser boa, queremos genuinamente ajudar o outro, e se temos consciência que um caminho é melhor, muitas vezes queremos impor esse caminho, forçando muitas vezes o outro a tomar decisões por nós, que não são do verdadeiro sentir dele. Quando ele, toma uma decisão por imposição e não pelo seu sentir, a tendência é em algum momento, a pessoa voltar ao caminho onde estava.
Cometemos muitos erros de pensamento ao julgar que aquilo que é melhor para nós, serve ao outro. Assim criticamos muitas vezes as decisões e opiniões da outra pessoa, não entendemos a razão porque o outro se contenta com aquilo, não busca mais ou como continua a atentar contra si próprio, no caso dos vícios.
É importante tomar consciência e perceber que EU só tenho “controlo” sobre as escolhas que faço por mim, sobre o caminho que EU escolho trilhar e entender que tudo, tudo o que o outro faz e escolhe faz parte do projeto de vida dele, daquilo que ele próprio se propôs a viver, a enfrentar e a crescer.
Temos que respeitar as escolhas dos outros, ainda que sejam de nossos filhos ou esposos ou esposas, ainda que não as entendermos, porque servem ao propósito delas mesmas. Até aquilo, que a sociedade impõe como politicamente incorreto como mau caminho e os vícios, se o outro se encontra numa situação dessas, é porque precisa estar, faz parte do aprendizado da sua alma.
Nós apenas podemos mostrar ao outro, em amor, que existe outra forma de escolher viver a vida, mas devemos sempre deixar que seja ele próprio, a sentir e a escolher o caminho que quer seguir. Quanto a nós, só nos resta aceitar e respeitar o livre arbítrio, o propósito e a evolução de cada um.
A partir deste natal, compromete-te a observar que o melhor para ti, não é o melhor para o outro e a aceitar e respeitar o processo evolutivo de cada um, enquanto almas a viver esta experiência humana.