Despertar Espiritual

Chaves da Consciência: O Despertar

Nos dias de hoje, a palavra Despertar é uma das palavras mais usadas quando lemos e/ou ouvimos algo sobre Espiritualidade. No entanto, será que temos consciência do seu verdadeiro significado e o que é que ela representa exatamente na nossa Vida?

Segundo o dicionário português, a palavra Despertar é um verbo transitivo, intransitivo, pronominal e é um substantivo masculino, entre outras coisas. De uma forma geral esta palavra remete-nos a uma alteração entre diferentes estados; é aquele impulso que acontece antes de algo se manifestar.

Tanto no Desenvolvimento Pessoal como no Desenvolvimento Espiritual ou até mesmo em qualquer outro Desenvolvimento que se esteja a manifestar na nossa Vida ou que queremos manifestar, o “Despertar” refere-se aquele momento em que tomamos consciência de mais uma verdade. Aquele momento em que tomamos consciência de algo que não nos tínhamos apercebido antes. É aquele momento “tchanam” que nos impulsiona a dar um salto para algo diferente daquilo que era há instantes atrás…

Então como é que trazemos esse momento do “Despertar” para nossa Vida? Para o nosso dia-a-dia? Na verdade é muito simples: acontece quando paramos, quando nos permitimos a parar, a respirar e a sentir a respiração. É quando saímos do “lufa-lufa” diário… Normalmente estamos tão habituados através de séculos e séculos e de hábitos enraizados, a simplesmente respondermos aos estímulos externos e a nos preocuparmos com o que acontece no mundo externo. Estamos habituados a tentar solucionar tudo o que é externo a nós e deixamos o mais importante para fazer que é olhar para dentro, sentir e refletir que a mudança começa em nós e, em como nós percecionamos os mundo exterior. Podemos por selecionar um tema (amor, trabalho, relacionamentos, saúde, entre outros) e perguntar: É isto que quero para mim ou para a minha Vida?. Se a resposta for um SIM recheado de serenidade e tranquilidade então estás no caminho certo; já se a resposta for um SIM apertado com alguma angústia, dúvida ou até medo… Então é tempo de fazer mais questões, como por exemplo: O que é que eu preciso de ver de uma outra forma?. Às vezes pode ser difícil responder a algumas destas questões por vários motivos. Por isso, um truque que podemos fazer é: pensar em alguém que amamos muito, como por exemplo, um filho e fazer as seguintes perguntas: Eu desejo isto para o meu filho? É esta a Vida que eu desejo que ele tenha? Se ele estivesse a viver isto neste momento, qual era o meu conselho?. Muitos de nós, estamos tão habituados a colocar o bem-estar dos outros à nossa frente que nos esquecemos que também somos merecedores de coisas boas…

Portanto, despertar pode significar, entre muitas outras coisas, sair de um estado de inercia, de dormência, de inatividade interna, ou seja, de um estado de inconsciência e ilusão para um estado de consciência e conexão.

Estar conectado, enraizado é simplesmente estar a viver o aqui e o agora; é não estar nem agarrado ao passado e nem preocupado com o futuro; é aceitar o que a vida nos traz; é vivenciar todas essas emoções e perceber que muitas delas não são mais necessárias, pois estamos conscientes de que queremos algo diferente para a nossa Vida.

Então assim sendo, Despertar é estar em modo de consciência; é perceber que quando algo nos acontece e nos causa desconforto, é preciso parar, sentir, questionar e refletir: O que é que isto me está a mostrar?.

Estar de uma forma desperta é sermos o observador e o observado, dentro de um espaço de não julgamento e repleto de Amor Incondicional por quem somos, pelo que fizemos, o que alcançamos, o que sentimos, o que passamos… Há situações que se apresentam na vida que tornam esta tarefa muito difícil e é nessas alturas que devemos procurar ajuda externa, para nos ajudar a compreender e a alcançar um estado de consciência diferente. Portanto, se estamos a passar por um momento conturbado e não conseguimos alcançar estabilidade emocional para tomarmos decisões ou fazer as mudanças que são necessárias, é sempre bom procurar a ajuda de um terapeuta que nos auxilie nesse processo. O tempo de tentar fazer tudo sozinho chegou ao fim, já lá vai, já era… Este é o momento dos trabalhos em círculo, em grupo e de nos abrirmos à partilha, pois só assim iremos compreender que não estamos só, que a nossa história não é a única, que houve outras pessoas em piores situações que a nossa e venceram. Temos tanto medo de partilhar, de nos dar, de mostrar as nossas fragilidades que nos fechamos num casulo que vai cristalizando com o tempo e vai ficando cada vez mais pesado, no impossibilitando de andar, de sentir e, acima de tudo, de viver.

Para terminar deixo-te mais duas perguntas às quais podes refletir e responder para ti mesmo (ou responder nos comentários deste artigo caso o queiras fazer e partilhar):

  1. Se pudesses voltar atrás no tempo e dar um conselho à criança que foste, qual seria?
  2. Já aplicaste esse conselho na tua Vida ou será que ainda precisas de o colocar em prática?

Gratidão e um enorme bem-haja! Namastê! 🙏

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