Chaves da Consciência: O poder da Intenção

No artigo passado falei do poder da escolha. Hoje, trago algo que está intrinsecamente ligado a qualquer escolha. Novamente estamos perante algo que é inato ao Ser Humano e que não pode ser dissociado dele.
O “fenómeno” da intenção é algo único e exclusivo do Ser Humano, pois é a partir dele que ele manifesta neste plano o seu poder de criação, dando forma ao seu dom de Ser Cocriador. A intenção esta sempre presente em todas as escolhas que fazemos diariamente. Umas vezes esta intenção é clara (por exemplo, quando desejamos algo muito intensamente), outras vezes é mais subtil e difícil de perceber e, por isso, está escondida nas entrelinhas das nossas ações. Esta intenção subtil está mais associada às escolhas que fazemos muitas vezes sem nos apercebemos. A mesma tem como principal objetivo principal não nos trazer dor, é inconsciente e baseada nas nossas experiências de vida (seja desta vida ou de vidas passadas) ou mesmo nas experiências familiares, nas nossas crenças e sistemas de crenças. Sendo assim, cada escolha que se faz tem uma intenção ou mais intenções que lhe são inerentes. São essas intenções é que orientaram o efeito da escolha.
Vou dar um exemplo pessoal: Foi a partir de uma perda que sofri (sensivelmente 8 anos atrás), que iniciei a minha a minha viagem de despertar. Foi uma perda dolorosa e que abalou o meu mundo. Senti naquela altura que fiquei sem chão. Nesse contexto, o Universo apresentou-me pessoas, livros e eventos que me levaram a compreender o que é que aquela situação me estava a ensinar e o motivo de eu a ter atraído à minha vida. A partir desse ponto, decidi que não tinha intenção de voltar a sofrer mais abalos desses (aqui vem ao de cima a minha parte mais controladora) e que tinha de descobrir formas de não voltar a passar pelo mesmo. Foi neste contexto que iniciei o meu percurso e com esta intenção bem expressa na minha mente. No ano passado, passei por uma fase que despertou em mim, novamente, esse sentimento de falta de chão, de iminente perda. Fiquei petrificada… quando consegui lidar com tudo o que estava a acontecer, perguntei novamente, o que é que esta situação me está a ensinar. Então tive consciência que a intenção que coloquei no meu processo de despertar estava completamente inadequada, pois todas as escolhas que tinha feito a partir dessa altura foram com a intenção de não voltar a sofrer. O que eu vibrava, o que eu emitia para o Universo era o medo de voltar a sofrer. Deste modo, o Universo devolveu-me o que eu estava a vibrar, que foi atrair situações que me pusessem na mesma posição, para compreender que era o medo da dor e de sofrer que me tinham levado aquele momento. No meio do caos compreendi que a minha intenção inicial estava mal formulada e, por isso, estabeleci uma nova intenção que foi a minha evolução e o meu desenvolvimento estão unicamente centrados no meu bem maior; no sentir e expressar cada vez mais alegria, amor, paz, compaixão, tranquilidade e leveza, para a minha própria vida e para a vida daqueles que são atraídos até mim.
Existe muito mais para falar acerca do poder da intenção mas, o importante é refletir sempre sobre qual é a intenção oculta por de trás de algumas escolhas, em especial daquelas escolhas que nos trazem alguns dissabores… Provavelmente estas estarão relacionadas com algum medo, pois tudo tem início no medo ou no amor, num estado de luz ou na ausência dela. O medo e o amor são as duas emoções raiz de onde derivam todas as outras (ódio, vergonha, rancor, revolta, raiva, alegria, felicidade, bondade, paz, gratidão,…). Procura saber sempre, qual é a intenção oculta da escolha, toma consciência da mesma e muda esse padrão para um padrão positivo.
Eu te saúdo em Amor e Luz,
In Lak’ech Ala K’in – Eu sou um outro você.