Chaves da Consciência: Viver em Verdade

Uma das maiores descobertas/revelações ou tomada de consciência que tive no decorrer da minha Jornada do Despertar foi que não existem Verdades Absolutas. Para alguém que não “tolerava” o cinzento, que considerava que era tudo preto ou branco, foi um grande salto na minha evolução pois permitiu-me ser/ter mais compaixão por mim, pelo próximo e pela Vida.
O conceito de Verdade é algo que ainda é debatido nos dias de hoje. De um modo geral, podemos dizer que Verdade é a “propriedade de estar de acordo com a realidade”. É aqui que está a questão principal: a minha realidade é diferente da vossa, assim como a vossa realidade é diferente daqueles que estão à vossa volta. Portanto, a Verdade é diferente para o Observador e para o Observado. Isto é, quando existe alguma experiência que é comum a um grupo de pessoas, esta vai ter significados/verdades diferentes para quem a experiência e para quem observa a mesma.
O conceito de “Viver em Verdade” remete para viver a Vida de acordo com a verdade interna de cada um; de acordo com os valores e crenças individuais; de estar em consonância com o coração. “Viver em Verdade” significa viver em constante mutação, em constante crescimento e evolução, já que as crenças e valores vão sendo alterados à medida que se vai descobrindo quem somos na realidade.
Um dos maiores paradoxos atuais é esta falta de consonância entre o que expressamos e o que acreditamos, entre o que emanamos para fora e o que está dentro de nós. Quando isso acontece, então estamos num eterno conflito e o que atraímos para a nossa Vida são situações antagónicas que nos vão proporcionar chaves de realinhamento com a nossa verdade interna. Se este conflito persistir por muito e muito tempo, podemos acabar por somatizá-lo em forma de alguma doença como uma última chamada de atenção.
“Viver em Verdade” é capaz de ser um dos processos mais desafiantes que encontramos na nossa Jornada, pois implica estar em constante mudança e aceitar essa mudança nos outros. É estar sempre em realinhamento, pois cada vez que atingimos uma verdade interna, vem algo que a desfaz e nos pede uma nova abordagem, que nos pede para vermos algo de um outro ponto de vista, com outra consciência.
Agora a pergunta é: Como é que eu sei que estou a viver de acordo com a minha verdade interna? A resposta é: Quando olhas para alguma área da tua vida, por exemplo, para os relacionamentos e o que sentes é algo como paz, tranquilidade, serenidade, alegria, entre outros, então a resposta é SIM! Se o que sentes for uma outra emoção mais desafiante, como angústia, tristeza, resignação, entre outras, então a resposta é NÃO! Neste caso, para por uns momentos para refletir, para olhar para esse relacionamento e vê com os olhos internos, que mentiras estás a contar a ti próprio, que verdades não queres ver,… E que crenças e valores internos estão a sustentar essas verdades que contas a ti próprio e que te impedem de experienciar a paz, tranquilidade, serenidade e alegria.